As fortes chuvas presentes em Salvador desde o último fim de semana causou um verdadeiro caos na cidade. No geral, mais de 300 ocorrências foram registradas até às 22h desta quarta-feira, 27, segundo dados da Defesa Civil (Codesal). Além disso, aconteceram cerca de 342 chamados de emergência, principalmente por deslizamentos de terra, riscos de desabamento e alagamentos.
Bairros mais afetados
O bairro da Liberdade registrou 74 ocorrências, Cabula/Tancredo Neves teve 65. Em resumo, ao todo, 161 deslizamentos e 60 riscos de desabamento foram registrados, agravados por cerca de 30 pontos de alagamento espalhados pela cidade.
Vítimas em deslizamentos
Os deslizamentos mais graves ocorreram entre os bairros de Saramandaia e Pernambués. Na primeira localidade, Gerson Alexandrino Santos Júnior morreu soterrado.
Na mesma área, quatro pessoas foram soterradas. Três delas foram resgatadas com vida, mas feridas: Diane Andrade, 32 anos, seu filho Marcelo, de 6 anos, e Adriano, de 30 anos, que passava pelo local. Já Paulo Andrade segue desaparecido.
Além desse caso, a garota, de 12 anos, que caiu em um bueiro em Dias D’Ávila, na Bahia, também continua desaparecida.
Cidade alagada e em alerta
A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) ajustou as rotas de ônibus, enquanto motoristas enfrentaram dificuldades para transitar em diversas avenidas inundadas.
Em bairros como Calçada e Cajazeiras 6, moradores enfrentaram inundações severas. Na Paralela, ruas próximas à rodoviária ficaram intrafegáveis.
Em Ondina, uma árvore de grande porte caiu sobre uma academia, enquanto outra atingiu carros na Estrada do Derba. Já na Baixa dos Sapateiros, o desabamento de um imóvel resultou na interdição da Avenida JJ Seabra, obrigando o desvio de ônibus e veículos.
Moradores desabrigados
A prefeitura acionou todas as 14 sirenes de emergência instaladas em áreas de risco, orientando a evacuação de moradores para escolas municipais usadas como abrigos.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com 322 mm de chuva acumulados – quase três vezes a média esperada para o mês –, Salvador enfrenta o novembro mais chuvoso desde 1961.