Mortos por agentes da Rondesp Central, Denilson Castro Ramos, conhecido como Suave, e outro traficante identificado apenas pelo vulgo Macumba eram responsáveis por ataques armados em diversos bairros de Salvador. Os dois foram surpreendidos durante um cerco na Rua 21 de Abril, no Arenoso, por volta das 18h40. No suposto confronto, foram baleados e morreram. Apesar da ocorrência, os dois não eram homens ‘de pista’, mas sim lideranças do Bonde do Maluco (BDM) na região e em toda capital, como conta um policial da área.
“Não se trata de homens do tráfico de fácil alcance, eles eram lideranças que faziam a movimentação do BDM pela cidade. Quando ataques da facção eram registrados em outros bairros, pode saber que eles estavam no meio, coordenando tudo e faziam de fuzil e metralhadora. Eram figuras já conhecidas e muito perigosas”, conta a fonte, sem se identificar.
Os dois seriam autores de diversos homicídios em bairros de Salvador, mas circulavam acompanhados de muitos homens da facção, o que dificultava o alcance e a prisão deles.
Por conta do perigo que Suave e Macumba representavam, a ação que acabou na morte deles não se tratou de uma ronda ordinária, como aponta a fonte. O policial, que participou das buscas, afirma que houve um movimento da polícia focado na prisão dos dois. “As viaturas da 23ª participaram de forma ativa no cerco para que eles não fugissem. Já a Rondesp, que foi quem entrou em confronto, fez os movimentos mais arriscados dentro do Arenoso para encontrá-los. Porém, quando se depararam com a polícia, resistiram e acabaram morrendo”, completa.
A fonte ressalta ainda que a ação coordenada é um reflexo da Operação Hórus em Salvador e surpreendeu os dois, que não estavam preparados para um confronto com os agentes da Rondesp e acabaram cercados. Tanto é que, apesar dos dois serem conhecidos por portar armas de grosso calibre, estavam armados apenas de duas pistolas, sendo uma Taurus e outra Glock, o que dificultou a resistência. A dupla ainda tinha pinos de cocaína e uma quantia em dinheiro que não foi detalhada.
No início deste ano, em fevereiro, Suave chegou a ser preso em Tancredo Neves por rodar com um veículo de placa clonada. No entanto, teve a prisão relaxada, de acordo com o processo do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Fonte: Correio da Bahia