Os dois policiais da Bahia, sendo um da Polícia Militar e outro da Polícia Rodoviária Federal, faziam parte de um esquema milionário que traficou toneladas de drogas para uma das maiores e mais perigosas facções criminosas do país, o Comando Vermelho (CV). A informação é do colunista Tácio Lorran, do portal Metrópoles.
Os nomes dos suspeitos, Francisco de Assis Melo (PM) e Diego Dias Duarte (PRF), já haviam sido antecipados com exclusividade pelo Portal A TARDE no dia 7 de novembro, quando a ação foi deflagrada na Bahia e outros estados.
Conforme as investigações, Diego, conhecido como ‘Robocop’ e outro policial rodoviário, identificado como Raphael Angelo Alves da Nóbrega, cobravam a facção criminosa o valor de até R$ 2 mil por quilo transportado.
Há casos em que os agentes levaram mais de meia tonelada de entorpecentes. A quantidade rendia um valor aproximado de R$ 1 milhão.
De acordo com as investigações, os agentes eram responsáveis pelo transporte de toneladas de drogas destinadas principalmente ao CV no estado do Ceará. O grupo criminoso poderá responder por tráfico interestadual de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O líder do esquema era José Heliomar de Souza, conhecido como Léo, ele comandava os policiais. Heliomar, por outro lado, fornecia aos agentes da Polícia Rodoviária Federal dados sobre o tráfico de drogas na região, de forma que eles pudessem fazer flagrantes contra traficantes que contribuíam com o grupo criminoso.
Além de servir como ‘aviãozinho’ dos traficantes, os suspeitos ainda exerciam outras funções na organização: contrainteligência e direcionar flagrantes contra quadrilhas rivais. OU seja, eles usavam informações “sensíveis” e “sigilosas” para beneficiar o grupo criminoso.
A Polícia Federal que desarticulou o esquema de tráfico de drogas interestadual e prendeu 15 suspeitos, entre eles um advogado, um policial militar (PM) da Bahia e um policial rodoviário federal (PRF), foi deflagrada na manhã de quinta-feira, 7 de novembro de 2024, e foi batizada de Operação Puritas.
Fonte: A Tarde